Vital Psilo
Caso clínico: uso de microdoses na depressão resistente ao tratamento
Atualizado: 22 de dez. de 2022

Um artigo compartilhou um relato de caso clínico de um homem de 43 anos diagnosticado com depressão resistente ao tratamento. Em sua jornada, o paciente foi submetido a testes psicológicos e laboratoriais, além de vários medicamentos, estimulação magnética transcraniana (EMT) e terapia eletroconvulsiva (ECT), todos sem alívio adequado dos sintomas. Com isso, ele começou a autoadministrar microdoses de Psilocybe cubensis, de acordo com o Fadiman Protocol. O paciente tomou uma cápsula de 0,1 g na manhã do Dia 1, seguido por dois dias de intervalo, depois tomou uma cápsula no Dia 4, seguido por outros dois dias sem tomar microdoses. Após uma semana, o paciente manteve a microdose de 0,2 g e usou este esquema por três anos.
O autor do caso reportou que durante o acompanhamento do paciente, houve uma melhora significativa dos sintomas depressivos conforme a Escala para Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D).
Embora existam diversas limitações neste relato, o autor conclui que a psilocibina pode ser uma alternativa à ECT, que é cara, de difícil acesso e tem um perfil de efeitos colaterais severos.
É importante lembrar que os relatos de casos estão na escala mais baixa da qualidade de evidências científicas. Há muita controvérsia sobre as microdoses de Psilocybe cubensis e somente estudos clínicos futuros podem esclarecer se os esquemas de microdosagem são eficazes e seguros.
E vocês? Tem algum relato sobre microdoses que gostariam de compartilhar?
Referência
Lyons A. Self-administration of Psilocybin in the Setting of Treatment-resistant Depression. Innov Clin Neurosci. 2022 Jul-Sep;19(7-9):44-47. PMID: 36204170; PMCID: PMC9507144.