A jornada dos cogumelos: do nascimento à morte

Para se ter uma boa noção sobre os fungos, é preciso entender sua jornada de vida, do nascimento à morte. Os cogumelos são conhecidos como basidiomicetos, pois produzem seus esporos em basídios: pequenas protuberâncias em forma de taco de beisebol e que revestem as brânquias - estruturas semelhantes a lâminas na parte inferior do píleo (chapéu). O píleo é mantido no alto da extremidade de uma haste cilíndrica, conhecida como estipe (caule).

O ciclo de vida se inicia com a recombinação do material genético de dois progenitores para formar um novo. O recipiente do material genético é conhecido como gameta. Os gametas dos fungos são chamados de esporos - células sexuadas que são compactas e resistentes, mas adormecidas por longos períodos de tempo até encontrar um lar adequado. Os esporos germinam em um meio rico em nutrientes (substrato) e a reprodução sexuada ocorre em três etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose. As células se dividem, crescem lentamente e formam filamentos que se expandem e ramificam (redes de hifas). As massas de hifas que são conhecidas como micélio, apresentam um crescimento branco e felpudo. Quando o micélio completa a colonização do substrato, formam-se pequenos nós hifais entrelaçados em vários lugares de sua superfície exposta. Em seguida, esses nós se desenvolvem em primórdias - versões miniaturizadas dos cogumelos.

Para reiniciar o ciclo e criar uma nova geração de esporos, é necessário que o fungo forme os cogumelos. Ainda permanece um mistério o porquê e quando os fungos decidem formá-los. Alguns fazem isso por causa de uma mudança no clima, como chuva forte, alterações da temperatura, ou ambos. Outros produzem frutos somente após o substrato ter sido totalmente colonizado e quando esgotam os nutrientes disponíveis. Felizmente, o Psilocybe cubensis é uma espécie que não precisa de muito incentivo. As cepas robustas de cubensis frutificarão prontamente e em abundância sob uma ampla variedade de condições ambientais, desde que sejam aplicadas as boas práticas de cultivo.

Referência

L.G. Nicholas and Kerry Ogame. Psilocybin Mushroom Handbook - Easy Indoor and Outdoor Cultivation. Quick American. 2006.