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Efeitos da psilocibina no comportamento alimentar e metabolismo de camundongos obesos

Atualizado: 27 de abr.

A psilocibina induz efeitos duradouros no comportamento, provavelmente devido à sua capacidade profunda de alterar a consciência, aumentar a comunicação entre as redes de neurônios (conectividade neural) e a plasticidade – que é a capacidade do cérebro de adaptar-se a diversas condições. A obesidade prejudica a plasticidade e contribui para comportamentos "viciantes", que incluem o consumo excessivo de alimentos mais palatáveis. Considerando este contexto, cientistas dinamarqueses avaliaram os efeitos da psilocibina no comportamento alimentar, metabolismo energético e na redução de peso em camundongos obesos.

Foi observado que uma dose única de psilocibina alterou a expressão de genes do córtex pré-frontal – envolvido na atenção, cognição, entre outras funções. Danos nas funções relacionadas ao córtex pré-frontal podem gerar uma impulsividade maior, por exemplo. No entanto, os pesquisadores não notaram efeitos agudos ou duradouros da psilocibina no metabolismo, na ingestão de alimentos ou no peso corporal dos camundongos. Uma dose alta de psilocibina só reduziu a preferência dos roedores pela sacarose (açúcar), mas não foi capaz de combater o comportamento de compulsão alimentar.

Embora estes dados preliminares possam desencorajar uma investigação científica mais aprofundada, é possível que existam variações no mecanismo de ação dos psicodélicos em modelos animais. Portanto, somente estudos clínicos em humanos podem esclarecer se há algum benefício da psilocibina no tratamento da obesidade.

Referência

Fadahunsi N, Lund J, Breum AW, Mathiesen CV, Larsen IB, Knudsen GM, Klein AB, Clemmensen C. Acute and long-term effects of psilocybin on energy balance and feeding behavior in mice. Transl Psychiatry. 2022 Aug 11;12(1):330. doi: 10.1038/s41398-022-02103-9.

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