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Estudo aponta falhas no Inventário Rápido de Sintomatologia Depressiva

Um artigo publicado no Journal of Psychopharmacology levantou preocupações sobre a adequação do Inventário Rápido de Sintomatologia Depressiva (QIDS-SR16) e sobre a prática de confiar em escalas individuais que não conseguem capturar adequadamente a estrutura central da depressão.
Apesar do QIDS-SR16 ter sido utilizado em estudos psicodélicos anteriores, foi observado que somente outras medidas psicométricas favoreceram a psilocibina em um ensaio clínico recente que comparou sua eficácia com a do escitalopram no tratamento do transtorno depressivo maior. Por isso, pesquisadores do Imperial College London e da University of California explicaram racionalmente as discrepâncias em quatro ferramentas psicométricas de depressão e reanalisaram as diferenças na resposta clínica da psilocibina e do escitalopram.
Entre as possíveis razões para os resultados discrepantes do QIDS-SR16, estão sua maior variância e falta de foco no fator central da depressão, além de imprecisão na formulação das opções de pontuação e outras falhas. A reanálise dos dados psicométricos mostrou que as outras ferramentas sugerem uma eficácia superior da psilocibina na redução do humor deprimido e da anedonia, juntamente com sintomas específicos, como disfunção sexual. Os autores ainda recomendam a utilização de escalas psicométricas que avaliem a depressão de forma mais abrangente.
O artigo está disponível na íntegra:
https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/02698811231167848
Referência
Weiss B, Erritzoe D, Giribaldi B, Nutt DJ, Carhart-Harris RL. A critical evaluation of QIDS-SR-16 using data from a trial of psilocybin therapy versus escitalopram treatment for depression. J Psychopharmacol. 2023 Apr 25:2698811231167848. doi: 10.1177/02698811231167848.