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Novo ensaio clínico publicado no JAMA reafirma a eficácia da psilocibina na depressão
Atualizado: 5 de set.

Este estudo de fase 2 envolveu 104 participantes com idades entre 21 e 65 anos, diagnosticados com Transtorno Depressivo Maior (TDM), que foram randomizados para receber uma única dose de psilocibina sintética (25 mg) ou placebo ativo (niacina 100 mg), acompanhados por suporte psicológico. Os critérios de exclusão incluíram histórico de psicose ou mania, transtorno ativo por uso de substâncias, ideação suicida ativa, uso prévio de psicodélicos, indisposição para interromper o uso de medicamentos psicotrópicos, entre outros. O principal desfecho foi a mudança na pontuação da Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS), avaliada no período de sete dias antes da intervenção e nos dias 2, 8, 15, 29 e 43 após a intervenção.
As análises estatísticas indicaram que o tratamento com psilocibina resultou em uma redução significativa nas pontuações da MADRS em comparação com o placebo ativo, até o dia 43. Além disso, os participantes que receberam psilocibina demonstraram uma resposta sustentada (sem a remissão da doença), em comparação com aqueles que receberam o placebo ativo.
A psilocibina foi geralmente bem tolerada, com a maioria dos eventos adversos sendo leves ou moderados. Embora tenha havido uma taxa de 8% de eventos adversos graves nos participantes que receberam psilocibina, não foram registrados comportamentos ou ideações suicidas em nenhum dos grupos randomizados neste estudo. No entanto, o tratamento com psilocibina foi associado a uma taxa mais elevada de eventos adversos gerais e de eventos adversos graves em comparação com o placebo ativo.
Esses resultados fortalecem a crescente evidência de que a psilocibina, quando administrada com suporte psicológico, pode representar uma intervenção inovadora no tratamento do TDM.
Referência
doi:10.1001/jama.2023.14530
Disponível na íntegra:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/
2808950